quinta-feira, 5 de julho de 2012
A Busca
Uma destas portas deve ser a minha.
De entre todas as direcções, todas as ruas,
De entre todas as carreiras em direcção ao Fim
Uma tem de ser a minha!
Corro e percorro todas as vias, vielas e ruelas
Que o meu olhar consegue abarcar.
Arrasto-me em plenitude de arrastanço
Mas jamais avanço!
Por mais que corra e percorra, que voe e em mandalas viaje,
O sonhado mantra cisma em se não cantar.
E espero e desepero e escavo o côncavo deste
Quase desalmado Ser, que de alma e emoção anseio despir-me!
Mas não me desnuda, esta mortalha! - aconchega-me
No seu calor em carícia mortífera!
No gritante silêncio sinto já ida a esperança - abarca-me o oco eco.
Maria Fernandes
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Como eu te entendo neste poema. Gostei muito.
ResponderEliminarBeijinhos
No entanto, a meio da percepção a insustentável, complacente e confortante sensação de Nada entendermos - que Nada Tudo é..
ResponderEliminarBeijinho :)