A flor que hoje
sorri
Amanhã morre;
E tudo o que
desejamos que fique
Nos seduz e
depois parte .
Qual o prazer do
mundo?
Luz que zomba da
noite,
Tão breve quanto
flamejante.
Virtude, como é
efémera!
Amizade, quão
rara!
Amor, como vende
pobres êxtases
Mas nós, e mesmo
que em breve caiam,
Resistimos à sua
alegria, e a tudo
A que nosso
chamamos.
Enquanto os céus
são azuis e ígneos,
Enquanto as
flores são garridas,
Enquanto olhos
que mudam antes da noite
Alegram o dia
Enquanto as horas
calmas arrepiam,
Sonhai, pois – e do
seu sono
Acordai depois
para o lamento.
Percy Bysshe Shelley
Tradução - Maria Fernandes
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