1.
Pergunto-me a cada
instante
Como é possível que
sinta ISTO.
Se ISTO nem palpável
é. Não tem cor.
Nem textura. É
invisível. Não é calor
O que deixa na pele,
é outra coisa.
Essa coisa é que ISSO
deve ser.
Embora nem nome lhe
dê.-
- Por inominável ser.
- Por impronunciável
ser.
Mas se ISTO não é
este nem
Aquele outro, que
será, então?
Macabra, medonha e
sinuosa
Forma, a que torna
por entre
Meus pianos dedos,
Sulcados e
atropelados dedos.
Que se ISTO nada é
como o
Sinto como tudo, como
todo?
2.
É absurdo, mas
imagino-te
Deambulando por esta
casa.
Vejo-te realmente
deitado
de bruços na minha
cama,
sentado à minha
secretária.
Conversamos com os
olhos,
Lemos poesia.
Nas manhãs
preparas-me
A dose dupla de café
E o chá, à noite. Tudo com ISSO.
3.
Não posso estar bem.
Fito por longas horas
o
Infinito à minha
frente e
Percebo que nada
estava a ver,
- Sonhava de olhos
abertos.
E vens tu, descendo a
escadaria
“heyyy..” – e logo
ISTO,
Que me abraça e
repele
E me deixa sem
respirar.
Ver-te é um
Mojito em Agosto,
Um absinto em Janeiro..
4.
Nas anímicas
Protuberâncias
do desalmado estado em que
nos fundimos, esvaimos e calmamente
voltamos ao mundo do
oxigénio,
demos de caras com a
evidência de nossas Inerências...
Tu voltaste ao mundo dos
vivos
Eu deixei-me ficar no
multiverso das sombras
Do meu desejo
excomungado..
Maria Fernandes
Finalmente! Finalmente juntaste as palavras de forma tão concordante com a tua alma e marcaste o silêncio com esse teu novo poema!!! ^_^
ResponderEliminarNada mais digo. Nada mais posso dizer. Deixa ISSO ser o teu recanto primaveril. :)
:))
ResponderEliminarMuito bom. Que texto fantástico.
ResponderEliminarConseguiste passar com toda a poesia e realidade, e entrega, paixão, aquilo que sentes, que vês.
Adorei. Beijinhos
Fico contente, obrigada Alexandra! :))
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