Há sempre um Nó
na curva
do pensamento da
nossa Impossibilidade.
Emaranha-se
diante dos olhos parados.
Forma-se de
curvas e rotundas ante mim – hirta.
A Máscara que de
novo me veste murmura trovas e blasfémias em tom de troça
- A Máscara antes
Inerte, ri-se agora e debocha:
Que a atirei em
desvario,
Que a desdenhei, febril,
Que lhe senti o gosto acre da ausência.
Que a desejei de
volta, já perdida.
Ei-la ora novo
milénio volvido.
Ei-la agora
colada ao meu Rosto.
Ei-la fresca,
descansada, em forma de mim.
No Nó crescente
da curva do pensamento
da nossa
Impossibilidade - sou esta, a antiga.
Desnuda, arrasada
e arrastada que fui
Por escarpas do
nosso vão contentamento
Eis-me ora –
hirta e fria.
Maria Fernandes
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