Já não sou genial.
Terá, certamente, existido o tempo
Do brilharete académico, da
Dialéctica admirável, prosa sem igual,
Do mais perspicaz e fluido dos raciocínios.
Versejos de bolso de trás, amarrotados,
E que atirava aos ouvidos ansiosos,
E não pouco histérico-bruxuleantes,
Das amantes coleccionadas em esquinas
De eventos anti-sociais.
E eu era genial, genial!
E todos me olhavam
Invejavam-me o porte confiante, a máscara
Colorida da ocasião, o novo assunto a discutir.
E um dia sou esterco. Já não sou genial.
Esterco. Ou merda, mesmo.
Terá, certamente, existido o tempo
Do brilharete académico, da
Dialéctica admirável, prosa sem igual,
Do mais perspicaz e fluido dos raciocínios.
Versejos de bolso de trás, amarrotados,
E que atirava aos ouvidos ansiosos,
E não pouco histérico-bruxuleantes,
Das amantes coleccionadas em esquinas
De eventos anti-sociais.
E eu era genial, genial!
E todos me olhavam
Invejavam-me o porte confiante, a máscara
Colorida da ocasião, o novo assunto a discutir.
E um dia sou esterco. Já não sou genial.
Esterco. Ou merda, mesmo.
Maria Fernandes
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