Crio, não crio.
Ao momento da não-declaração
de consciência do
que se sabe,
se é que se sabe
de alguma coisa.
Criar, não criar
– o mesmo que crer, não crer
que ideia de
criação mais não é que fé
em bruta
Condição.
da Razão – a
ideia, com vínculo, poderosa, forte, sem escrúpulos;
do Imo – a
concretização inócua, sem-efeito, vazada de significado,
pseudo-Oásis
entre-Pontes.
E creio e não
creio nos que vejo crer
e criar, abusando
da lealdade da fé.
E crio e não
creio no que crio e
descrio,
descrendo da Ideia de perfeição –
- nenhuma Criação
é genuínamente vinda da fé Férrea da Condição
do que se julga
humano – ou Divino.
Maria Fernandes, in Contemplações, Constatações e 30 Ventos (2014)
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