sábado, 1 de junho de 2013

Autoproclamação


Aqui, no verde extenuante, fui da análise poética do mais-que-catedrático “oxfordiano” P. Muldoon à bela explanação da Pátria-Língua do meu bom amigo J.R.Castro e... – há sempre uma qualquer sirene (que realmente ouço ao longe, no fundo da madrugada, que ouço!) e que me traz de volta ao meu  mundo de imaginação em que estendida no verde britânico poetizo, se poeta me posso autoproclamar (não o são todos se por ventura um dia acham rara beleza num qualquer calhau à beira do caminho?!).
É saber a beleza, toda ela como a mais suprema força do Universo, se este existe, ou se o idealizamos num qualquer sonho do mais-Ser-Colectivo.
É ser todo sentidos e todo ouvidos. 
É não saber que se é quem se julga ser. 
É ser quem não se julga que é. 
Esgotar-se em duas frases. 
Sentir-se chicoteado pela Realidade que não existe.
Tomar banhos de Sol in-the-middle-of-nowhere.
Mostrar os seios à Natureza, à Terra – essa sem a qual nada mais existiria – nem a Água, sejas Tu quem fores. 
É esvair-se e atirar tudo ao chão, depois.

Maria Fernandes, in Contemplações, Constatações e 30 Ventos (2014)

(revisto em 01.01.2014)

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