segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Confissão

O que confesso não é já mais que a
Improvável ideia de remissão e alienação
O que confesso não é já mais que a óbvia e
Improvável ideia da corrente presa á nascente.

Confesso o prelúdio desta demência
Que mais não é que o resultado de
Incoerentes visões e análises esdrúxulas
Da excepção. A que é, em meias palavras
A vida. E a morte – por afinidade.

Confissões e comiserações de embargos ao pensamento
O acima-de-tudo-racional, o que me perturba
E faz querer que tudo signifique o tudo e o nada.
Que tudo e nada são páginas da mesma folha
Em que me rendo e suspendo ao confessar
Demências, ideias negras, de Cordas e Multiversos
Que marietando almas, lá do Alto, se partem!

Maria Fernandes, in Contemplações, Constatações e 30 Ventos (2014)


1 comentário:

  1. Adorei este texto, gosto da tua forma de expressão. Li transversalmente os outros textos e também gostei. Beijinhos

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