de
Parker em punho.
Os
demónios que
te
abandonavam pela ponta
da
tinta desenhando
a
forma
do
teu sonho,
a
completa lânguidez
da
tua sombra-sorriso.
De
lágrima em
riste,
escrevias
a vã
hora do
queixume
morno
e brando
de
cada copo de vinho
ao
entardecer
dessas
paredes
brancas
onde
fantasmas
de
genitais
mortos
gritavam
que
te lhes juntasses.
Mas
eras Joan D'Arc e
fazias
rolar cabeças
só
à força
de
uma Parker Pen,
nem
Ana, a Louca
ousáva
desafiar-te
sorrias,
modelando
sob
o flash
do
teu monstro interior
e o
médico insano
te
dizia o quão úteis eram os
milhares
de vocábulos
de
teus dedos emanados
chegaste,
ainda, a achar
talvez
fosses leda e sana
e
enquanto
te
esvaías em gás
soubeste
bem
que
uma Parker
que
te comandava a gana.
Para Anne Sexton
Maria
Fernandes
(29.11.2014)
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