peguei no meu BMW e conduzi até ao meu
banco para
levantar o meu Cartão Dourado da American
Express
disse à rapariga ao balcao o que
queria.
“você é o Sr. Chinaski”, disse
ela.
“sim, precisa de algum
documento?”
“oh não, nós conhecêmo-lo...”
deslizei o cartão bolsa dentro
voltei ao parque
entrei no BMW (já pago, e em
dinheiro)
e decidi passar na loja de bebidas
para uma caixa de bom
vinho.
a caminho, decido ainda escrever um poema
sobre toda a cena: o BMW, o banco, o
Cartão Dourado
só para lixar os
críticos
os escritores
os leitores
que preferiam muito mais os velhos poemas
sobre mim
dormindo em bancos de jardim
com frio e morrendo do vinho barato e da
má nutrição.
este poema é para aqueles que pensam que
um homem só consegue ser um génio
criativo
à beira do seu
limite
ainda que nunca tenham tido
tomates para
tentá-lo.
tradução: Maria Fernandes
Sem comentários:
Enviar um comentário