segunda-feira, 23 de abril de 2012

"Leva-me"

Como se diz um esvair de alma?
Acaso o surreal nos eleva?
Acaso o infinito nos alberga?
Ah, deixa que por aqui vá!
Nada cuides, que encruzilhadas,
Atalhos, trilhos e demais afins
Não serão capazes de desta seiva
Te arrebatar, te sugar, te sumir.
Se por mais completa que  a ti me dê
Toda essa parte é ínfima do que trago para te dar.
No dormente e completamente traço desse Rosto
Repousei o completo Ser, Diamante Tornado!
Rebolo, estendo-me, atiro-me
Não receio engolidoras vagas ou milhas de bytes.
Em todo o caso, o meu beat é o teu
Em toda e qualquer coordenada!

E sim! -  una, nua, crua e suada a teu regaço me atiro!
Banho-me  de cadências deliciosas da carícia do teu olhar
Um outro, obliterado no ofuscado túnel de turbilhões,
Na imensa teia sem medida....
Ah, de solto ar me entrego, sim! Imperiosa urgência
De em ti me embutir, de em ti me sentir
Daquela mesma forma que se adivinhou absoluta e intemporal..
Dir-se-á completamente um esvair de alma?
Completamente o surreal e o infinito que nos eleva e alberga, dir-se-á também?
Digamos, pois... - levo-te.



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