Engasguem-se e cuspam depois
A sanguinolência de saber ouvir
expectantes frases e esdrúxulas.
Ânsias confessoras de migalhas
Destas saudades.
Desculpem, mas alguém saberá
Porque motivo vivem suspensas
As penas, as cenas, madalenas
Da aurora que teima, no final
Em que não querer surgir?
Se por cada Rosto que neste espaço nos Olha
E por cada pequeno desdém que sentimos
A cada rodar de cabeça
Há um tufão de sensibilidades que nos
Assalta e mata no Obtuso instante
Em que tentamos respirar.
Maria Fernandes, in Contemplações, Constatações e 30 Ventos (2014)
Mais uma vez deliciei-me com os teus escritos poéticos.
ResponderEliminarBeijinhos
Delícias retribuem-se!! Obrigada eu!!
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