quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Conclusão


Às tantas, se não tivéssemos
Consciência do efémero que era
A proximidade de nós os dois,
Não nos teríamos entregue
De tão sôfrega forma.
Just as easy as that.
Ficam recordações, flashes de
Lucidez e lusco-fuscos de sobriedade.

Às tantas, se não tivéssemos
Consciência do efémero que era
A proximidade de nós os dois,
Não teria sentido a urgência de
Mil vezes te haver querido tocar e
De mil vezes te haver querido
Constatar realmente em minha mente.
Se amar-te é precipício, que
Eu caia já sem mais demora.



5 comentários:

  1. Por vezes, um precípicio não nos apresenta a morte...

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  2. Mas toda a morte nos apresenta um precipício!...

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  3. E se o precipício for um novo começo?
    E se a morte não for como julgamos ser?
    E se pudermos criar um outro fogo com um passo a mais para o desconhecido?
    Disseste-me que nada temias...
    Porque temer o precipicio e não a queda?
    Porque não sentir que se pode voar?
    Será o pensamento, o derradeiro fim ou o verdadeiro esquecimento de qualquer sentimento?

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  4. Essa tua última frase tocou-me a tarde inteira.

    "Se amar-te é precipício, que
    Eu caia já sem mais demora."

    Cair para deixar de amar porque há medo do que pode acontecer?
    Cair para poder voltar à vida que se tinha antes de esta ser "contaminada"?

    Gosto imenso da tua poesia.
    Além de fazer sentir, faz pensar...

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