quinta-feira, 3 de novembro de 2011

.....................

.......
não tenho palavras para a dor
é muda
não ouve
cerra-me os lábios
o coração em tropeços
a alma em farrapos
quem sou ou quem fui nunca jamais sequer contou em alguma equação cósmica efectuada por sei lá quem
quem fui ou quem sou
não sou eu
sou uma qualquer perdida ao redor de nada
nada me preenche e me vaza
a beleza horrenda me afronta
nada com que me defenda
deixo-me padecer
se por vezes parecer mais viva, não vos enganeis: é o nada que me faz vida
e é o nada que me mata
a ponto de nãp fazer diferença
se viva ou morta canto
..................

Sem comentários:

Enviar um comentário