Mil palavras em teu regaço debitaria e pelejaria, besta
E ainda assim raza me quedaria
Na penúria da erma rua da minha predilecção.
E que fazer à sensação de transbordo de alma?
Rezar (em vão, digo) para que célere nos consuma?
Atirar à mercê de ventos desfraldados os desígnios de sonhos vários?
Na inócua esperança de que cada lágrima rocha se torne
E que até eu enrijeça e hirta te afronte, besta, como sempre me afronto
E como quase sempre, também perco. Entranhas e tudo.
Vísceras viscerais e tudo. Como sempre tudo o que perco.
Abandono a arena com os restos do demoníaco desejo
Intraduzível e impronunciável "esmigalhados" e confundidos
Com a barrenta arena, regaço e mortalha do Grito mudo
Roça agora a estranheza, as imutáveis palavras que
Não são deste tempo nem deste lugar, nem deste barro.
São da ígnea Constelação seguinte, à que sucumbiremos,
Libertinos, ébrios e crédulos na impossibilidade do Ser.
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